Idéias iniciais
A Educação é um espaço de socialização constitutivo do cidadão na modernidade em sua dupla condição de sujeito de conhecimento e de sujeito de direitos. A universalização de educação básica, na passagem do século XIX para o XX, torna-se um dos fundamentos da sedimentação do Estado-nação.
Esse processo, contudo, é entrecortado por dilemas e paradoxos inerentes à forma como cada sociedade vivenciou as experiências de igualdade e democratização, que têm conseqüências na universalização da educação básica como expressão da institucionalização dos direitos sociais.
Não é demasiado reiterar problemas tais como evasão escolar e analfabetismo funcional que exigem a revisão e ampliação do sistema educacional. Trata-se, porém, de destacar, para além do número de escolas e de estudantes o sentido mesmo da vida escolar como referência cultural na formação do sujeito capacitado a se perceber como agente responsável numa comunidade mais ampla. A escola pensada como interação social implica sua compreensão como instituição coordenadora de uma vida social ativa e reflexiva.
No Brasil, os anos 20 testemunharam a inauguração do movimento da “Escola Nova” na defesa do ensino público, laico e gratuito. Um de seus principais representantes, Anísio Teixeira (1900-1971), perseguiu a recriação de uma escola criativa e sintonizada com a realidade brasileira. Nessa perspectiva, torna-se primordial a integração entre educação e cultura.
O ideal de escola em tempo integral tal como materializado no Estado do Rio de Janeiro na década de 80, no antigo Governo Brizola, através dos CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública), fez surgir a figura do educador-animador cultural com (a) as “manifestações culturais e artísticas, sobretudo daquelas que já se desenvolvem no interior da própria comunidade. Afinal, elas são a ponte viva que leva a comunidade dentro da escola – e vice-versa” (Ribeiro, 1986:49). Completa Darcy Ribeiro (1991:93) (b):
“(...) os animadores são pessoas-chave de todo o processo. São eles que possibilitam o desenvolvimento de atividades como a exibição de um filme para ser colocado em discussão, a realização de concertos, a promoção de expositores (pintura, desenho ou fotografia), a montagem de espetáculos teatrais, a confecção de vídeos, a realização de oficinas de arte, a criação de clubes ou associações de alunos, a realização de jogos e brincadeiras, a promoção de festas comunitárias”.
Esse processo, contudo, é entrecortado por dilemas e paradoxos inerentes à forma como cada sociedade vivenciou as experiências de igualdade e democratização, que têm conseqüências na universalização da educação básica como expressão da institucionalização dos direitos sociais.
Não é demasiado reiterar problemas tais como evasão escolar e analfabetismo funcional que exigem a revisão e ampliação do sistema educacional. Trata-se, porém, de destacar, para além do número de escolas e de estudantes o sentido mesmo da vida escolar como referência cultural na formação do sujeito capacitado a se perceber como agente responsável numa comunidade mais ampla. A escola pensada como interação social implica sua compreensão como instituição coordenadora de uma vida social ativa e reflexiva.
No Brasil, os anos 20 testemunharam a inauguração do movimento da “Escola Nova” na defesa do ensino público, laico e gratuito. Um de seus principais representantes, Anísio Teixeira (1900-1971), perseguiu a recriação de uma escola criativa e sintonizada com a realidade brasileira. Nessa perspectiva, torna-se primordial a integração entre educação e cultura.
O ideal de escola em tempo integral tal como materializado no Estado do Rio de Janeiro na década de 80, no antigo Governo Brizola, através dos CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública), fez surgir a figura do educador-animador cultural com (a) as “manifestações culturais e artísticas, sobretudo daquelas que já se desenvolvem no interior da própria comunidade. Afinal, elas são a ponte viva que leva a comunidade dentro da escola – e vice-versa” (Ribeiro, 1986:49). Completa Darcy Ribeiro (1991:93) (b):
“(...) os animadores são pessoas-chave de todo o processo. São eles que possibilitam o desenvolvimento de atividades como a exibição de um filme para ser colocado em discussão, a realização de concertos, a promoção de expositores (pintura, desenho ou fotografia), a montagem de espetáculos teatrais, a confecção de vídeos, a realização de oficinas de arte, a criação de clubes ou associações de alunos, a realização de jogos e brincadeiras, a promoção de festas comunitárias”.
O animador cultural sintetiza em sua função a “anima” da escola sem a qual esta é “concreto armado” mas não vida. Ao mesmo tempo, em que entrelaça a instituição à sua comunidade, tornando a escola parte da história daqueles que lá estão e de suas famílias, o animador cultural organiza o diálogo entre educadores e educandos nas diversas áreas do conhecimento. A arte é sua “ferramenta” por excelência. Contudo, o animador cultural distingue-se do professor de educação artística na rotina escolar. A cultura é a matéria-prima do animador cultural. Tem seu sentido ampliado e aplicado à idéia de transformação social. Diz Joel Rufino que a cultura é uma “forma de comunicação, um circuito, que pode estar em todo lugar e em lugar nenhum, capaz, na atualidade, de organizar parte das relações sociais e, portanto, de ensejar ações do Estado em favor dos pobres”. (Santos, 2004:235).
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