Wednesday, August 16, 2006

III ENCONTRO DE PROFISSIONAIS DE HORÁRIO INTEGRAL DA REDE ESTADUAL DE ENSINO






LOCAL: CIEP 268 - TRAVESSÃO DE CAMPOS

ANIMADORES ENVOLVIDOS:
SANDRELENE ANTUNES
EDSON BRAGA
BENÉ FERNANDES
ELISÂNGELA BERALDI
ROSANA BARRETO

PROMOÇÃO: CIEP 268 - LUIS CARLOS DE LACERDA

INTERCÂMBIO CULTURAL 461

VAMOS FAZER UM INTERCÂMBIO CULTURAL ?

ÍNDIO TAMBÉM TEM FOLCLORE !

ASSISTA O CORDEL INFANTIL
"AKTUX HÃMHÃM - A HISTÓRIA DA TERRA"
DO PROJETO "A COR E O SOM"
DO CIEP CLÓVIS TAVARES - 461
PQ. ESPLANADA CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ

CONVIDA-NOS PARA IR NA SUA ESCOLA.

CONTATO: 99842576(RUDOLF)/99255743(NEIDE)/27328671(CIEP)
DIAS DE SEMANA DISPONÍVEIS: SEGUNDA-FEIRA(MANHÃ/TARDE)QUARTA-FEIRA(MANHÃ)E SEXTA-FEIRA(MANHÃ)
NECESSIDADES PARA A APRESENTAÇÃO: TRANSPORTE E UM LANCHINHO PARA O GRUPO
QUANTIDADE: 25

Wednesday, August 09, 2006

CIEP CLÓVIS TAVARES/461 NA 4° BIENAL DO LIVRO

Estudantes ‘invadem’ a Bienal nesta segunda-feira


Por Joice Trindade

Cerca de 10 mil pessoas percorreram a 4ª Bienal do Livro de Campos neste último final de semana. A informação é da presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Luciana Portinho. Ela destacou que nesta segunda-feira, dia 29, uma das surpresas foi a visitação de seis mil alunos de escolas agendadas. “A Bienal está superando as expectativas. Neste final de semana constatamos a visita de muitas famílias. Vamos superar a estimativa de cerca de 100 mil pessoas no evento”, acredita.

Para Luciana, o sucesso da Bienal do Livro de Campos se deve pela organização e planejamento prévio. “O evento se tornou reconhecido em todo estado do Rio de Janeiro e até em outros estados. O esforço de toda a equipe está sendo muito válido”, disse a presidente ao aguardar a presença do cartunista Ziraldo, que foi responsável pela logomarca da 1ª Bienal do Livro.

Contagiada pela alegria da garotada, nesta tarde a Bienal do Livro de Campos foi marcada pela alegria do Boi Pintadinho, que recebeu os alunos na entrada da Fundação Rural de Campos, com a apresentação do projeto “A Cor e o Som” que teve encenação dos alunos do Ciep Clóvis Tavares.


O espetáculo intitulado “Aktux Hãmhãm a História da Terra”, destacou a história dos indígenas e enfatizou as linguagens culturais do teatro, artes plásticas e dança. Sob a regência de Rudolf Rolchild e Neide da Hora, a peça que foi aplaudida pelo público formado por professores, alunos e curiosos apresentou a trajetória do índio goytacá. Para a professora de História Fernanda Batista dos Santos, “a Bienal do Livro de Campos e espetáculos como este são importantes para o desenvolvimento da cultura e conscientização. A organização está de parabéns”, disse.

Lançamento – No decorrer da tarde, o público teve acesso ao lançamento do livro “A minha terra também faz parte do Brasil”, do escritor Roberto Acruche. “Estou feliz de poder apresentar a história de São Francisco de Itabapoana, que antes era conhecida por São Francisco de Paula. Este livro conta um pedacinho das maravilhas de São Francisco e suas histórias. Só tenho que agradecer a oportunidade”, ressaltou. A 4ª Bienal do Livro de Campos prossegue nesta segunda-feira com a atuação da equipe do Procon, que está distribuindo cartilhas de Defesa do Consumidor com a presença de Ziraldo

Lei que possibilita formação complementar

LEI Nº 3325, de 17 de dezembro de 1999

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a política estadual de educação ambiental, cria o Programa estadual de Educação Ambiental e complementa a Lei Federal Nº 9.795/99 no âmbito do Estado do Rio de Janeiro
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Entende-se por educação ambiental os processos através dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, atitudes, habilidades, interesse ativo e competência voltados para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (...)

Art. 12 - Os professores e animadores culturais, em atividade na rede pública de ensino, devem receber formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos objetivos e princípios da Política Estadual de Educação Ambiental. (Segue o restante da Lei que por ser consultada pela Internet.)

NÓS NUNCA TIVEMOS ESTA FORMAÇÃO COMPLEMENTAR. POR QUE ?

Monday, August 07, 2006

Poesia da Exposição Ruínas /Animadores Culturais do Liceu - 1998

RUÍNAS DA USINA


Decadente igreja que lateja sobre as pedras catedráticas da Usina.

Oxidante pó que nos desfaz em seres humanos podres,
acalentados pela incosciente província generalizada.

Congestionante fumaça que cega os olhos, nos impedindo de ser o provável.
Sustentáculo obstáculo de labirintos infernais.


Desapaixonante estado de mim mesmo,
chegar a esta conclusão pobre de ver o mundo,
apocalíptica em meio aos ratos vereáticos da cidade.
Cuspo em seu rosto desfigurado.

Senhores e Senhoras

Ninguém até hoje sabe porque os importunados escravos não quiseram beber o sangue dos senhores do engenho.


Vai ver é porque eles prefeririam comer porcos mal passados
Porcos, verdadeiros porcos
eles se vestiam de eximine espécime
mas ao contrário do que é visto mantinham a sujeira depositada em seus poros capitalistas,
sem querer subjulga-los ao mais horrível que se destilava na época.

Rudolf Rotchild

Um fragmento histórico da luta pela regularização trabalhista da Animação Cultural

CARTA ABERTA
A REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DO RJ

Companheiros,
Durante anos, para não dizer por mais de uma década, os Animadores Culturais são afrontados e desrespeitados por falsas promessas e ações nem um pouco responsáveis dos inúmeros governos que passaram pelo nosso Estado. A cada troca de governo, ou seja, a cada nova equipe que assume as coordenações em esfera de governo, novas promessas e expectativas são criadas, mas de fato, nada acontece.
Esse grupo, que já passou de mil e que hoje soma pouco mais de seiscentos, é definido pelo próprio estado como vícios de ilegalidade. A cada dia, percebemos que o Estado estabelece estratégias propositais de distanciamento dos animadores culturais. Quando não realiza mais nenhum tipo de capacitação ou reunião coletiva para toda a rede, quando não responde aos chamados do campo, quando não dá atenção às demandas urgentes da animação como: salário, nova escola, licenças, aposentadorias, pensões... o poder público nos fornece a prova do engodo e do descaso em relação a esse grupo, citado pelo próprio governo, como fundamental para o projeto de educação que deseja para a rede estadual.
A História da Animação Cultural, os inúmeros projetos desenvolvidos, a seriedade e importância do trabalho que este profissional vem desempenhando nas nossas escolas, nos apresentam um desafio como educadores da rede estadual. È esse o desafio que o SEPE vem apresentar: levantar em toda a rede uma bandeira de luta e solidariedade em prol da Animação Cultural.

• Pela realização imediata do concurso público para animadores culturais!
• pela imediata resposta a vida funcional deste grupo que trabalha no estado a mais de 20 anos!
• pelo imediato cumprimento do decreto 18803 de 11/03/94 que estabelece o salário do a.c!

Reconhecemos a importância deste profissional, mas ele amarga uma dura realidade. Em primeiro lugar, seu vínculo com o estado não é claro: Não é estatutário ( por não ter passado por concurso público ) e não é celetista (nunca assinou contrato). Ora desconta para o Rio-previdência, ora para o INSS. Por outro lado, sabemos de inúmeros casos de animadores que ficaram doentes e não conseguiram atendimento, morreram e até hoje as famílias não conseguiram pensão. Sem contar os casos de aposentadoria que não são resolvidos e as exonerações sumárias pelas quais passaram inúmeros animadores ficando suas famílias em situação difícil. Portanto, está mais que na hora de cobrarmos uma solução para estes problemas.
Isto porque a experiência e a história da Animação Cultural nas escolas deste estado já legitimaram estes profissionais. Eles também construíram essa rede, desenvolveram um trabalho essencial e reconhecido pelas comunidades escolares. O que é imoral e ilegítimo é o governo não regularizar a vida destes educadores. Sabemos, no entanto, que a luta deve ser coletiva. Toda a rede estadual sofre hoje com os desmandos do governo Rosinha Garotinho. Assim, lutar em função da Animação Cultural não significa uma luta coorporativa, mas, acima de tudo, um anseio de conquista de nossa bandeira maior: a Educação Pública de qualidade para todos.

TODO APOIO À LUTA DOS ANIMADORES CULTURAIS!

CALENDÁRIO DE LUTAS

07 DE SETEMBRO – Participação no Grito dos Excluídos.
15 DE SETEMBRO – Meia paralisação – Atividades com alunos e eleição de representantes.
24 DE SETEMBRO – Encontro Estadual de representantes de escolas.
04 DE OUTUBRO – Paralisação de 24 horas.
• Marcha dos Funcionários Públicos Estaduais.
• Assembléia Geral dos Profissionais da Educação

Fonte: http://www.sepe-rj.org.br/rede-estadual/270905-cartaaberta.htm

Thursday, August 03, 2006

Uma homenagem póstuma a Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006)

Por um momento eu parei meus afazeres, a labuta diária e por vezes maçante, para lembrar um dos maiores autores e atores da história de nossa dramaturgia: o ítalo-brasileiro Gianfrancesco Guarnieri.

Os motivos que me fazem evocar a memória deste grande homem são obviamente ideológicos e políticos. Parte da burguesia letrada nunca cansa de lembrar as célebres conquistas e artimanhas do empreendedorismo de Mauá. A nova burguesia, menos afeita a romantismos, relembra com fervor de Antonio Ermírio de Morais ou de Roberto Marinho. Em suma: o empresariado sabe como afagar seus vultos queridos.

Neste sentido eu pergunto: porque a classe trabalhadora, tão maltratada, não poderia fazer o mesmo por seus heróis?

Antes cabe a ressalva de que não acredito que devamos dar “Adeus ao Proletariado” como solicita André Gorz... Muito menos creio que a geração de valor seja algo a “ser extinto” ou “transubstanciado” como na proposta pós-modernista, travestida de radicalidade, de um Robert Kurz. Na verdade ainda aposto na classe trabalhadora. Ela não desapareceu em minha modestíssima opinião. Passa por uma profunda crise, sem dúvidas, mas....Isto é prosa para um segundo momento. Não agora.

Voltando a linha que guia o argumento deste texto. Os heróis da classe trabalhadora, como diria John Lennon, estão aí para serem lembrados. Que sua efígie não desapareça. Enfim, que ainda possam produzir novos ventos utópicos, inspirar ações civilizatórias, libertárias e revolucionárias.

Guarnieri é um destes nomes.

Eu só posso falar brevemente de uma de suas obras: “Eles não usam black-tie” . O autor, e ator, ex-membro do PCB, descreve de maneira realista a vida de um dirigente sindical e de sua família. Todas as tramas, dos conflitos internos à repressão violenta da polícia e do patronato, as disputas geracionais, os debates em torno do movimento operário...

Eu vi este belo filme quando eu ainda iniciava parte de meus estudos no campo do marxismo. Foi já há quase dez anos, quando ingressei na Universidade Federal Fluminense. Muita coisa passou embaixo da ponte de minha breve história pessoal. Todavia, a marca indelével deste filme sem dúvida alguma ajuda a entender o fascínio que esta classe, o operário, provavelmente irá exercer sobre a minha vida...

Recomendo, com urgência, que seja assistido esse filme. Muito antes de conhecer Lukács, Brecht e Benjamin, Guarnieri já havia me ensinado com altas doses de realismo o que pode ser arte operária, dotada de um inegável conteúdo subversivo no cume da sociedade produtora de mercadorias. Outro comunista italiano, Antonio Gramsci, já havia proposto que intelectual é aquele que organiza a cultura. Guarnieri, em sua vida envolvido de forma inconteste com o teatro político, sem dúvida o fez com louvor!

Por fim... Este dramaturgo e profissional do teatro fez aquilo que muitos de seus antepassados já fizeram. Cabe lembrar que tanto o anarco-sindicalismo como o comunismo foram trazidos da Itália para terras tupiniquins gerando o ódio aos imigrantes na primeira metade do século XX.

Seja pela raiz operária, pela origem comunista ou pela alma internacionalista:


Companheiro Guarnieri: PRESENTE!

George Gomes Coutinho
Mestrando em Políticas Sociais - UENF